quarta-feira, 17 de novembro de 2010


                                   

              Jean-Paul Sartre



Jean-Paul Charles Aymard Sartre (Paris, 21 de Junho de 1905 — Paris, 15 de Abril de 1980) foi um filósofo francês, escritor e crítico, conhecido representante do existencialismo. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra.
Repeliu as distinções e as funções oficiais e, por estes motivos, se recusou a receber o Nobel de Literatura de 1964. Sua filosofia dizia que no caso humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma "essência" posterior à existência.

biografia:

1905 a 1918: a formação do escritor

Jean-Paul Sartre era filho de Jean-Baptiste Marie Eymard Sartre, oficial da marinha francesa e de Anne-Marie Sartre (Nascida Anne Marie Schweitzer). Quando seu filho nasceu Jean-Baptiste tinha uma doença crônica adquirida em uma missão na Cochinchina. Após o nascimento de Jean-Paul ele sofreu uma recaída e retirou-se com a família para Thiviers, sua terra natal, onde morreu em 21 de setembro de 1906.Jean-Paul, órfão de pai, e então com 15 meses, muda-se para Meudon com sua mãe, onde passam a viver na casa de seu avós maternos. O avô de Sartre, Charles Schweitzer nasceu em uma tradicional família protestante alsaciana da qual faz parte, entre outros, o famoso missionário Albert Schweitzer, sobrinho de Charles. Ao fim da guerra franco-prussiana, Charles optou pela cidadania francesa e tornou-se professor de alemão em Mâcon onde conheceu e casou-se com Louise Guillemin, de origem católica, com quem teve três filhos, George, Émile e Anne-Marie.
Após o regresso de Anne-Marie, os quatro viveram em Meudon até 1911. O pequeno "Poulou", como Jean-Paul era chamado, dividia o quarto com a mãe. Em seu romance autobiográfico "As Palavras" (Les Mots) confessa que desde cedo a considerava mais como uma irmã mais elha do que como mãe. De sua primeira infância ao fim da adolescência, Sartre vive uma vida tipicamente burguesa, cercado de mimos e proteção.Até os 10 anos foi educado em casa por seu avô e por algunspreceptores contratados. Com pouco contato com outras crianças, o menino tornou-se, em suas próprias palavras, um "Cabotino" e aprendeu a usar a representação para atrair a atenção dos adultos com sua precocidade.Em 1911, a família Schweitzer mudou-se para Paris. Passa a ter acesso à biblioteca de obras clássicas francesas e alemãs pertencente ao seu avô. Após aprender a ler, Jean-Paul alterna a leitura de Victor Hugo, Flaubert, Mallarmé, Corneille, Maupassant e Goethe,com os quadrinhos e romances de aventura que sua mãe comprava semanalmente às escondidas do avô. Sartre considerava serem essas suas "verdadeiras leituras", uma vez que a leitura dos clássicos era feita por obrigação educacional. A essas influências, junta-se o cinema, que frequentava com sua mãe e que se tornaria mais tarde um de seus maiores interesses.
Sartre conta em "As Palavras" que escrevia histórias na infância também como uma forma de mostrar-se precoce. Suas primeiras histórias eram cópias de romances de aventura, em que apenas alguns nomes eram alterados, mas ainda assim faziam sucesso entre os familiares. Era incentivado pela mãe, pela avó, pelo tio (que o presenteou com uma máquina de escrever) e por uma professora, a sra. Picard, que via nele a vocação de escritor profissional. Aos poucos, o jovem Sartre passou a encontrar sua verdadeira vocação na escrita.
Apenas seu avô o desencorajava da escrita e o incentivava a seguir carreira de professor de letras. Sem enxergar nele o talento que os demais viam, mas conformado com o fato de que seu neto "tinha a bossa da literatura", incentivou Sartre a tornar-se professor por profissão e escrever apenas como segunda atividade.Assim, Sartre atribui ao avô a consolidação de sua vocação de escritor: "Perdido, aceitei, para obedecer a Karl, a carreira de escritor menor. Em suma, ele me atirou na literatura pelo cuidado que desprendeu em desviar-me dela".Em 14 de abril de 1917 sua mãe casa-se novamente, com Joseph Mancy, que passa a ser co-tutor de Sartre. Livre da dependência dos pais, Anne-Marie muda-se com Sartre para a casa de Mancy emLa Rochelle.Nesta cidade litorânea, Sartre toma contato pela primeira vez com imigrantes árabes, chineses e negros. Mais tarde ele reconheceria esse período como a raiz de seu anticolonialismo e o início do abandono dos valores burgueses.


nome:Felipe,Lucas O.,Lucas E.,David,Washington,Abilío
turma:2001

Um comentário:

  1. O pensador francês falava do poder do homem para fundamentar uma ética sem ter que recorrer a nada que esteja mais além dele mesmo.
    Não é tarefa fácil dizer alguma coisa interessante sobre a noção de liberdade. Ao longo do tempo, alguns conceitos são tão usados (e, muitas vezes, mal usados) que vão se esvaziando de conteúdo, chegando inclusive a se tornar triviais. Palavras perdem o valor devido à facilidade com que todos as pronunciamos – em nossas bocas aparecem já como esgotadas, cansadas de tanto uso. A liberdade, o que esta bela palavra significa, pode ter se perdido pelo caminho; perdido de tal maneira que nunca tenha conseguido chegar até nós. Assim, quando em qualquer lugar lábios a pronunciam, é difícil saber exatamente a que se referem, em que sentido caminha essa maravilhosa palavra.

    nome:Felipe,Lucas O.,Lucas E.,David,Washington,Abilío
    turma:2001

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